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No dia-a-dia, enfrentamos diversos problemas desencadeados por pressões sociais, culturais, econômicas e financeiras, tanto na rua, no emprego, como na família. Estamos sempre "correndo atrás da máquina" e com medo de ficarmos para trás, pois o mundo competitivo nos obriga a sermos o melhor funcionário, o melhor conjuge, os melhores pais, os melhores filhos etc. Nossa busca se generaliza para diversas áreas e acabamos nos esquecendo de coisas simples, como termos tempo para nós mesmos. Essas pressões acabam produzindo conflitos pessoais, emocionais e espirituais que se exteriorizam como dificuldades em mantermos saúde plena, física e mental. Então, percebemos a necessidade do retorno ao equilíbrio pessoal, da paz e da saúde, para a nossa vida e para a vida daqueles com quem convivemos. Entretanto, também percebemos que as pessoas que conosco vivem e em quem buscamos apoio se encontram com problemas semelhantes aos nossos, necessitando também de auxílio. Nestes momentos de dificuldades, podemos melhorar nosso entendimento, clareando nossos pensamentos e aliviando nossos sentimentos através de uma conversa amiga.

terça-feira, 28 de junho de 2011

As festas de São João e o signo de Câncer Cid de Oliveira - Astrólogo



As festas de São João e o signo de Câncer 
Cid de Oliveira Astrólogo

É que, estou só aqui no alto da montanha e é tanto o junino frio da Serra do Mar que minha fogueira mal o alivia. Ouço ao longe o som de alguma festinha, em sendo São João:

"Noite fria,
tão fria de junho".
A companhia única são os cachorros que, quando não estão a latir, dormem inacessíveis às minhas elucubrações astrológicas, ou então, desinteressados, coçam as pulgas. E é exatamente a respeito de uma pulga, (uma que tenho atrás da minha orelha) que quero discorrer. Por isso, peço sua atenção. Acompanhe-me, por favor, na minha questão, nos meus raciocínios e no exame das informações que apresento e quero partilhar.

O senhor, por exemplo, que sabe e estuda, suponho já se tenha perguntado em que crenças se baseiam nossos amigos quando nos pedem para sairmos pela mesma porta que entramos, ao final de uma nossa visita, enquanto afirmam convictos que a intenção, desse rito de evidente magia simpática, é assegurar a certeza de nossa volta. Às vezes, mesmo acrescentam: -"Se você sair por outra porta não volta mais!". Já aconteceu com o senhor? Com a senhora? Tenho certeza que sim.

Talvez possa parecer, ao senhor, sem importância tal espécie de questão. Fácil mesmo de liquidar carimbando-a como: superstição antiga, só. Confesso, foi esse também meu primeiro impulso. Mas, essa resposta me pareceu insuficiente e fez-me sentir ainda mais viva a pulga atrás da orelha, já que, via de regra, sabe-o o senhor, é a superstição fecundo ponto de partida para inesperadas descobertas. Além do mais, estou convencido que por trás das superstições e das manifestações do chamado folclore, escondem-se verdades mais profundas do que as suspeitadas por nossa sã astrologia ou nossa vã antropologia. Tudo sendo a ponta de algum mistério. Duvida? Pois mostro; e narro mais as coincidências.

Como muitas vezes ocorre, o pensamento se divulga por associações. Saiba, o senhor, que não sou a exceção dessa regra, pois ali na beira da fogueira encadearam-se, de modo expontâneo em minha mente, as pulgas, as superstições e as portas quando lembrei de antiga prescrição contra esses insetos suctórios, que testemunhei ser ensinada, certa vez, por Dona Astéria, uma velhíssima senhora vivente em Belo Jardim, cidade no interior de Pernambuco. Com o queixo sustentado por inabalável certeza decretava ela: "Para acabar com as pulgas de uma casa diz-se, antes de sair para a missa: - Pulgas, vamos para a missa! Na volta da igreja, deve-se entrar em casa por outra porta diferente daquela por onde se saiu. Dentro da casa, depois e então, não se encontrará mais nenhuma pulga. É tiro e queda." Observem, o senhor e a senhora, que a eficácia de tão estranho inseticida só pode se dever a algum sortilégio (para mim desconhecido), associado ao rito da missa que, certamente, tornou melhores todas as pulgas expostas a ele e transportou-as definitivamente para um outro melhor mundo localizado bem além da esfera doméstica. A única condição para a eficácia do ritual é reentrar em casa por porta diferente daquela pela qual se saiu. Arquive-se este relato para futura e breve comparação, pois o fato é que a mente curiosa e insatisfeita, porém atenta, encontra por oblíquas vias a boa resposta. Refiro como se deu.

Para esclarecer outras minhas ignorâncias, decidi ler um texto sobre a tradição indiana, escrito por Ananda Kentish (1) contelação de Câncer(elo entre ocidente e oriente, pois filho de mãe inglesa e pai indiano) - à beira da fogueirinha de São João - quando deparei-me lá com afirmações que muito se relacionavam com minha irresolvida questão sobre as portas. Deduz-se daquele artigo que, para a tradição indiana expressa nos Vedas, o ciclo anual é dividido em duas metades: uma ascendente e outra descendente. A fase ascendente, que começa quando o sol chega no dêva-loka (lugar dos deuses), no início do Capricórnio, é chamada Dêva-Yâna (caminho dos deuses). A fase descendente, que começa quando o sol chega no pitri-loka (lugar dos pais ou dos antepassados), no início do Câncer, é chamada Pitri-Yâna (caminho dos antepassados).

Além do mais, para essa tradição o círculo zodiacal é figuração da caverna cósmica, local onde se dá a manifestação. Essa modelar caverna tem duas portas: a porta dos antepassados correspondente simbolicamente a Câncer, e a porta dos deuses correspondente a Capricórnio. E é aqui que peço a sua mais exata atenção, pois eles dizem que "um ser qualquer desce ao mundo manifestado pela porta dos antepassados e dependendo de seu nível de realização sairá do mundo da manifestação ou pela porta dos deuses e diz-se que está liberado e não retorna, ou pela porta dos antepassados, que é a mesma por onde entrou, e diz-se que neste caso voltará novamente no ciclo das existências: o samsara."(2)

Percebeu o senhor? E a senhora? Falam os indianos de duas portas que dão acesso à existência no Mundo. E mais, o espanto: se o ser sair pela mesma por onde entrou, é fatal o retorno, afirmam os sábios orientais. Sugere então, sob primeira visão, o até aqui dito, que a superstição das portas é um resto incompreendido de doutrina profunda que degenerou em magia simpática?

Por outro lado, não acham, os senhores, que é, também, lícito concluir que este ensinamento de ordem doutrinal preservou-se na memória coletiva do povo, na forma da recomendação supersticiosa que versa sobre sair de uma casa pela mesma porta que entramos, pois senão corremos o risco de não voltarmos mais? Ou ainda, percebe, a senhora, que muita metafísica se esconde por trás do popular método nordestino para erradicação da pulex irritans doméstica? Seja o que for, infira-se pois, que é bem curta a distância entre a prescrição supersticiosa da pernambucana Dona Astéria, de Belo Jardim, a respeito da infestação de pulgas e as doutrinas do sábios indianos sobre a condição humana depois da morte. O senhor ri? Será que divago?

Peço, então, agora, ao senhor e a senhora, que atentem para isto: os significados atribuídos pela tradição védica a esses lugares (o pitri-loka e o dêva-loka) coincidem, exatamente, com as acepções essenciais atribuídas, no ocidente, aos signos de Câncer e Capricórnio. O primeiro, Câncer: encarnação, descenso na manifestação, maternidade, nascimento, o fundo das águas; o segundo, Capricórnio: desencarnação, concentração, ascensão, o alto da terra, o pico da montanha, saída definitiva da manifestação. Veja que, as interpretações simbólicas encontradas nos Vedas para os pontos solsticiais não entram em choque, e até mesmo confirmam, os significados astrológicos atribuídos, por nós, aos signos de Câncer e Capricórnio. Além disso, através delas começa a se divulgar de modo mais preciso outra diversa relação entre a questão das portas, os signos de Câncer e Capricórnio e as festas associadas a eles.

Neste momento, já no impulso e no antegozo de novas descobertas, comecei a consultar os livros e a memória à procura de indicações outras que me esclarecessem essas suspeitadas e mais complicadas parecenças. Para começar, temos como líquido e certo que todos os povos sempre comemoraram com festas as entradas do sol nos signos de Câncer e Capricórnio. Não acha, o senhor, que isso é indício da existência de, no mínimo, alguma unidade supra cultural de significado e sentido nessas festas? Não fugindo à regra, os cristãos festejam também esse fenômeno celeste com duas celebrações muito importantes dentro do seu santoral, que são as festas de São João em 24 de junho e as festas de Natal em 25 de dezembro.(3)

Perspicaz, o senhor já notou que a compreensão completa da nossa questão sobre as portas exige também o estudo das festas realizadas quando o sol chega no signo de Capricórnio. Mas, desculpe-me o senhor e a senhora, pois vou discorrer agora, somente, sobre as festas relacionadas com o signo de Câncer. O simbolismo do Natal fica para outra vez. Quem sabe para o final do ano, lá pelo Natal mesmo? E, no final das contas, minha fogueirinha é de São João.

As festas de São João, que foram introduzidas no Brasil há 400 anos atrás pelos portugueses, não são originariamente cristãs, pois temos registros seguros da existência de festas, muito parecidas, realizadas nesse mesmo momento do ano na Europa pré-cristã, entre os gregos, entre os romanos, entre os bretões, na África e na Ásia. Os deuses que recebem homenagens nessas épocas variam de cultura para cultura, mas seus atributos, os significados simbólicos gerais a eles conferidos, a relação deles com os signos de Capricórnio e Câncer, e mais a presença das fogueiras são elementos que se repetem com pouca variação. Elas foram instituídas pelos povos antigos para comemorar um fato celeste: a chegada do Sol no seu caminho aparente anual aos pontos conhecidos como solstícios.

Por favor, não se espantem com essa invulgar palavra. Explico: os dois pontos solsticiais são os lugares da eclíptica, o caminho aparente e anual do Sol, que estão mais longe do equador celeste. Quando o sol está num destes pontos seus raios caem, ou mais inclinados em relação ao horizonte do lugar, ou mais verticais dependendo do hemisfério em questão: norte ou sul. Essa diferença de inclinação dos raios solares em relação ao horizonte do lugar é que é responsável pelo surgimento das estações de inverno ou de verão. Assim, durante os meses de inverno o sol está mais próximo do horizonte do lugar e durante o verão ele está mais alto em relação a esse horizonte. Para os povos antigos, que viviam em comunhão com a natureza, esse movimento constante e gradativo do sol em direção ao horizonte, que coincide com a chegada do frio e a escassez de comida, era vivido como um acontecimento extremamente ameaçador. Mas, como nos dias seguintes àquele que o sol chegava em seu ponto mais baixo, observava-se que ele recomeçava lenta e diariamente a ganhar mais altura em relação ao horizonte, realizava-se, então, uma grande festa para comemorar o dia do Sol Invicto, o sol que nunca era vencido. A vida espiritual e a inteligência, que são simbolizadas pelo sol, não tinham se perdido. Por outro lado, no auge do verão, quando o sol chegava ao ponto mais alto de sua trajetória anual e começava a descer para o horizonte e havia a ameaça dele sumir sob o chão, se faziam as fogueiras como um rito de magia simpática para exorcizar o período perigoso que se prenunciava. As fogueiras representavam o sol através de seus atributos de calor e luz.

Repare, o senhor, que as informações agora mesmo resenhadas, e mais estas que lhe passo a seguir, sugerem a existência de um cerne modelar dessas festas, que se mantém invariável dentro das tradições de diferentes povos, sendo feitas em cada caso apenas as necessárias adaptações a tempo e lugar.

Atente, então, para o fato de que os romanos também comemoravam o tempo dos solstícios com as duas festas de Jano, divindade representada com duas faces, uma olhando para o passado e outra para o futuro. Ele tinha nas mãos duas chaves uma de ouro e outra de prata com as quais abria as portas do ciclo anual que estavam localizadas exatamente no início do Capricórnio e do Câncer. Jano, deus dos caminhos é, também, o senhor das portas (janua, em latim) e empresta o seu nome ao mês de janeiro (januarius), o que abre o ano. Para os romanos, Jano era o deus das iniciações e patrono dos collegia fabrorum. A palavra sânscrita yâna tem a mesma raiz de ire em latim e é dessa raiz comum que deriva o nome de Jano (Ianus) cuja forma é singularmente próxima de yâna. As festas solsticiais do Jano romano tornaram-se no mundo cristão as festas dos dois São João - São João Batista no solstício de junho e São João Evangelista no solstício de dezembro. O senhor há de convir que não é puro acaso a semelhança fonética entre Jano e João, apesar de não existir nenhuma relação etimológica entre esses nomes. É interessantíssimo lembrar ainda que as chaves de ouro e prata de Jano tornaram-se, no simbolismo cristão, atributos de São Pedro, guardião da porta do céu e cuja festa se celebra na mesma época em 29 de junho.

Neste momento, acredite-me o senhor, o frio, sobre o qual falava no início, diminuiu muito, pois - pelo menos para meus olhos e para minha pele - a fogueirinha de São João parecia mais forte e maior, pois que demonstrava-se mais luminosa no seu ofício de afastar a escuridão, e tudo isso se dando no exato momento em que, semelhantemente, esse novos conhecimentos sobre os significados ocultos das festas de São João, arredavam as trevas da minha ignorância.

Mas, se o senhor ou a senhora não estão convencidos, resta-me, ainda, o argumento grego, muito respeitado sempre que referido ou citado algures. Saibam, então, que as expressões porta dos deuses e porta dos homens, usadas anteriormente, foram cunhadas pelos gregos. Para eles, como para todas as outras tradições aqui examinadas, a porta dos homens corresponde ao signo zodiacal de Câncer que simboliza a entrada no mundo da manifestação individual. Tudo registrado por Porfírio, discípulo de Plotino, na interpretação que fez sobre o simbolismo do antro das ninfas, caverna de duas entradas onde Atená escondeu os tesouros de Ulisses, aquele cujas aventuras estão descritas na Odisséia de Homero.

Maravilha-se, a senhora? Pois prepare-se que ainda tem mais. Sirvo agora o creme do creme: as razões da sã astrologia.

Se considerarmos a distribuição dos signos zodiacais segundo o quaternário dos elementos, veremos que o signo de Câncer corresponde ao "fundo das águas", atribuição que o qualifica - num sentido cosmogônico - como o meio no qual são depositados os germes do mundo manifestado. O fato de Câncer ser o domicílio astrológico da Lua também se associa com esses fatos, pois a relação da Lua com as águas é bem conhecida, e ela representa, do mesmo modo que as "águas", o princípio receptivo e plástico da manifestação. A chamada "esfera lunar" da astrologia é propriamente "o mundo da formação", ou seja, o domínio da elaboração das formas no estado sutil, o ponto de partida da existência no seu modo individual. A manifestação deste simbolismo cósmico na ordem imediata da existência física humana é expressada na astrologia através das regências comumente admitidas pelos astrólogos para esse signo - o útero, o líquido amniótico e os processos de gestação e formação do feto - que são figurações dos processos cósmicos descritos no parágrafo anterior. Observe que, coerentemente, o sinal representativo do signo de Câncer na astrologia é o esquema de uma concha, que está em relação direta com as águas. Batismo de Jesus por São JoãoE mais afirmo, que é muito próprio, exato e certo que a celebração da festa de São João Batista, santo precursor do Cristo, ligado a Jesus por laços familiares (eram primos), que maternalmente prepara a aparição pública do filho de Deus, e que batizava em água, se efetue sob o signo de Câncer.

Creio que completamos aqui a nossa viagem que começou nas superstições, passou pelas inesperadas descobertas, pressagiadas no início de nossa exposição e parece que chegou a uma resposta para nossa questão inicial sobre as portas.

Imagino concorde o senhor, que não foi pouca coisa. Mas, se ainda suporta seguir-me, descrevo-lhe outra face do mesmo assunto. Essa sendo de substância mágica, prática, secundária, utilitária e aplicável à solução de triviais problemas da vida comum. Imagino daqui, seus olhos aí, brilhando já de curiosidade, minha senhora. Pois bem, sem delongas revelo.

Trata-se da constatação certa de que, quase todas as culturas, consideram esta época como propícia para a realização de determinados ritos de adivinhação e previsão, pois acredita-se que a ocasião facilita a antevisão do futuro do ciclo que começa. Lembrem-se, meus amigos, que segundo as explicações dadas anteriormente, o solstício (4) de Câncer é simultaneamente, uma parada no tempo do cíclico anual e um lugar onde estão as sementes, ainda não desenvolvidas, do ciclo que começa. Por isso o exame dessas "sementes", nessa espécie de tempo fora do tempo, no tempo mágico da noite do solstício, pode, acredita-se, fornecer certeiras informações sobre o futuro. O senhor e a senhora, que presumo pessoas de muita e boa informação, sabem, sem dúvida, que no nosso país, especialmente no nordeste, inúmeras advinhas são praticadas na noite de mágica do São João à beira das fogueiras, com a intenção de antecipar conhecimento, tanto sobre um futuro casamento, como sobre as colheitas, as doenças ou a morte. Listo enfileiradas algumas, ensinadas por dona Astéria, para seu uso imediato e sua alta recreação.

Em antes, informo que é prescrição rígida para todas, rezar a Salve Rainha até nos mostrai, completando em seguida a oração com o pedido para que se mostre a resposta à questão desejada; a interdição completa da fala desde o momento em que se faz a adivinhação (geralmente à meia-noite) até o outro dia pela manhã; empregar nos sortilégios objetos novos, nunca usados; facas, agulhas, papéis etc., tudo virge, conforme dizia dona Astéria. Assim, já os tendo todos avisados, narro:

- Na noite de São João duas agulhas metidas delicadamente numa bacia ou copo d'água, de modo a boiarem, indicam casamento se elas se juntarem.

Para quem tem em mira variados pretendentes prescreve-se esta:

- em noite de São João, escreva em papelinhos os nomes de várias pessoas, enrole os papeizinhos, ponha todos numa vasilha com água e depois reze a Salve Rainha até nos mostrai; o papel que amanhecer desenrolado indicará o nome da noiva ou do noivo. Essa adivinha tem precedente antigo, pois semelha o oráculo dos Pálices, gêmeos filhos de Júpiter e Tália, com templo em Palica, na Sicília, perto de uma fonte sulfurosa. Os papéis sobrenadavam ou iam ao fundo, ficavam abertos ou fechados conforme a pergunta do consulente.

Esta, que reputo extraordinária, agrega às recomendações antes dadas, mais a do jejum:

- em noite de São João, o consulente tendo jejuado no dia, escolhe bocados de cada prato das refeições e guarda-os; à noite prepara uma mesa no quarto de dormir com toda a comida guardada, como se esperasse algum convidado; dorme e em sonhos verá o futuro noivo ou noiva assentar-se à mesa.

- em noite de São João dá-se um nó bem frouxo em cada uma das quatro pontas de um lençol, tendo-se previamente escrito nelas os nomes de quatro pessoas desejadas; ao amanhecer, o nó que estiver desmanchado indicará o nome do futuro esposa ou esposa.

- No dia de São João, à meia-noite, põe-se um pouco de clara de ovo num copo contendo água; no dia seguinte se a clara do ovo tomar a forma de uma igreja indica casamento, se de um navio viagem próxima, etc. e etc..

Como já é quase meia-noite, a hora mais indicada para essas magias, termino por aqui com a famosa faca na bananeira, de eficácia testemunhada por mim mesmo mais de uma vez, e que vou praticar assim que sair da beira da fogueira, afim de verificar se minha convivência, este ano, vai se estender além do universo dos cães e das pulgas. Registre-se:

- na noite de São João, à meia-noite, enfie uma faca virgem na bananeira; no dia seguinte aparecerá na faca a inicial do futuro amado ou amada. Se nenhuma letra aparecer é indicação de mais um ano sozinho.

Estas adivinhações, como quaisquer outras técnicas ou métodos de previsão do futuro colocam, evidentemente, em questão os problemas relativos à liberdade humana e às supostas fatalidades do destino.

Digo-lhes ainda, que o aspecto mais importante e favorável do simbolismo deste momento do ano diz respeito, antes de qualquer outro, à meditação, ao estudo e à discussão destes temas. Peço, portanto, ao senhor e a senhora que, se motivados estão, leiam, como complemento de tão instigante tema, um outro escrito meu que atende pelo chamado de "Os fios do destino" e que deve se encontrar em algum outro lugar desta revista. Se generosos, quiserem mais me conceder, espero conhecer suas opiniões sobre tanto e variado assunto. Solicito, ainda, os reparos que achem seja eu digno de receber do senhor ou da senhora, meus parceiros, de agora em frente, no amor à ciência e aos símbolos. Certo?

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